Sure, resenha: Que tipo de homem escreve uma história de amor? de Luciana Pessanha
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SWHAB |
Assim começa trama do nosso protagonista narrador, que após decidir ser escritor, decide também que escritor não remunerado não combina com o seu estilo devida. Daniel vai morar na casa de Ana, personagem que é praticamente um fantasma. Explico: Ana não está em sua casa, e sim em algum lugar do mundo e por isso, sede a Daniel sua residência, que aceita de imediato.
Já na casa de Ana, e sem nada que lhe impedisse de escrever, Daniel não escreve. Com bloqueios criativos, e sem ideias, ele tenta de tudo. Até entrar em chat de internet, onde por acaso conhece Verônica (ou Lola22, como preferir). Apesar de achar alguém pra "ficar", o bloqueio continua e as coisas só começam a dar certo quando ele acha alguns diários antigos de Ana, a dona da casa e decide ler e quem sabe usar os textos como material para o seu livro.
Entre a narrativa de Daniel que fala com o leitor (mas nem tanto), temos Verônica que é a louca/chef de cozinha/prazer carnal dele, e Ana que é essa moça por quem ele sente essa atração, que me é muito parecido com amor platônico, mas que só está "presente" na narrativa nos diálogos com Daniel por telefone, e os textos/poemas de seu diário.
O livro tem pontos positivos, como o fato de Daniel estar com bloqueio e mesmo assim estarmos lendo um livro que ele supostamente escreveu, e o leitor não ter certeza disso. E os diálogos ao telefone entre Ana e ele, onde tudo fica no ar, os textos roubados do diário dela, são basicamente as coisas que mais gostei.
Ana, que está sempre em algum lugar do mundo, fugindo de algo que só descobrimos ao longo do livro, é que é uma personagem muito interessante, e não é atoa que Daniel tenta escrever um livro sobre ela.
A leitura é rápida e a narrativa é fluida, não dá pra negar que a autora Luciana Pessanha desenvolve e escreve maravilhosamente, de modo a prender e entreter o leitor.
O ponto negativo é o fato de Daniel ser esse esteriótipo de homem ambulante, que gosta de bermudão, futebol, sexo e etc, foi o que mais me incomodou, porque a autora o construiu muito bem, e ele convence como esteriótipo de macho-idiota, e irônico, e quem é que gosta de macho-idiota? Eu,não, por isso eu o odiei. Mas isso é supostamente o que responde a pergunta do titulo "Que tipo de homem escreve uma história de amor?", que seria: Qualquer homem.
No geral não posso dizer que foi um livro ruim, mas posso afirmar que ele apenas não é um livro para mim.
1 comentários
Uma bela resenha, adorei. Estou pensando em comprar o livro.
ResponderExcluirConverse com a gente ♥